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Navegantes do Silêncio
Tenho medo do silêncio
No suor do teu olhar
Do discurso em cada hora
Que insistes em navegar
Tenho medo
Das paredes de silêncio
Em que me fecho a sonhar
Do delírio em que estremeço
No meu próprio navegar
Das frases em que me envolvo
Das carícias que me trago
Do respirar arquejante
Em frenesins de silêncio
de saber quanto te amo.
Dos sonhos em que me faço.
Que em torno do meu sono
Teimam em não me acordar
Maria João Franco Lisboa 2006
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