terça-feira, fevereiro 12, 2008

Cidade em saldo





















Cidade em saldo

A cidade não voa
na hora de ponta

Soa a som
Soa a gente

Vazio nas pessoas
Esquecido
na memória do tempo

Não se sabe quem
não se sabe se
não se sabe como.
Ninguém é.
Não há!

A cidade esquece o tempo
que foi:
as memórias feitas de lixo
a calçada batida
martelo a martelo.

Já não há calçada.
O mar.
A lama.
O espelho de água.
Cidade em saldo
à espera talvez

num tempo qualquer
de ideais feito
por fazer ainda.

Maria João Franco
2001

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